Parábola indiana:
Um monge budista estava em busca de um discípulo cheio de qualidades especiais. Ele sempre dizia: quero alguém que tenha características particulares, que se vista de tal maneira, que tenha o tom de voz adequado, que saiba se concentrar em momentos difíceis, que tenha um cheiro específico... Enfim, o discípulo que o monge queria era único e especial. Este discípulo na verdade existia dentro do monge e ele simplesmente retirou de seu coração um Ser pronto e criado por ele mesmo.
“Tudo o que desejamos na vida já existe dentro de nós. É preciso concentração e criatividade para tirar de dentro do nosso universo interior a obra completa. E quanto mais detalhado e peculiar forem os seus propósitos e desejos, mais precisa será a sua flecha interior. Podemos escolher o foco da nossa atenção e, então, uma nova realidade começará a se abrir. É impossível se enganar quando você tem certeza do que realmente quer”.
Contudo, a busca do mestre pelo discípulo ainda continuava... Vários adeptos se apresentavam para o monge, sentavam à sua frente, falavam com ele e contavam histórias de suas vidas. Porém, o monge nunca se dignava a abrir os olhos e dar sua atenção para aqueles que se apresentavam. O mestre esperou o devido tempo por aquele encontro que mudaria toda a sua vida. Ele estava completamente concentrado e disciplinado em sua busca. Ele dizia: só vou abrir os olhos se encontrar o discípulo capaz de preencher todos os meus requisitos. Eu quero alguém que dê a sua vida pela minha causa.
Os outros monges exclamavam: -- Ah, mas você é muito exigente, está querendo algo impossível; desta maneira, ninguém nunca lhe servirá! E o monge continuava de olhos fechados, não expressava nenhuma reação. Ele estava completamente seguro do que queria, ele jamais desistiu da sua busca.
Três anos se passaram e, certa manhã, um discípulo se aproximou do monge e não disse nada, apenas se sentou em sua frente. O monge conhecia tanto o discípulo que ele procurava, sabia tanto sobre seu aprendiz... O desejo tinha estado vivo dentro dele por tanto tempo que ele era capaz de identificar seu cheiro no meio da multidão. Ele sentiu que aquele homem era o discípulo que ele buscava, então, pela primeira vez, o monge abriu os olhos e disse: -- Por anos esperei por este momento e agora que você está aqui na minha frente eu lhe entrego a minha vida! Sinto-me realizado por ter lhe encontrado. Você será o meu sucessor! Eu posso morrer agora, mas o zen continuará vivo através de você. E eu sei que você dará a sua vida pela nossa causa.
A lei da atração é a arte de mirar e soltar, concentrar-se e permanecer desapegado... Dessa maneira você está permitindo que o universo aja através das suas escolhas particulares e trabalhe em função dos seus sentimentos e da confiança no seu propósito.
Você não precisa partir em busca do que quer, o acontecimento virá até você, naturalmente...
...O monge poderia ter se enganado com os outros discípulos, mas a sua conduta segura e concentrada afugentava todas as possíveis escolhas erradas. A escolha certa é aquela que parte em busca da vontade aguerrida e semeada em seu coração. A escolha certa é aquela que brota dentro de você e magicamente, de repente, aparece em sua frente. Coloque suas emoções em jogo e não se preocupe com a ação e nem mesmo com o resultado. A sua escolha virá fácil, direcionada, e terá as ambigüidades e características únicas que o seu coração desejou.
* Excerto de texto escrito por Vivian Weyrich, do Universo em Você.
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