sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Memória

Minha memória foi muito boa quando eu era jovem, muito mesmo. Acho que por conta da decoreba obrigatória dos tempos escolares. Sou desse tempo. Do tempo que a gente tinha de fixar as coisas na raça ou não tinha nota. Com o passar dos anos, fui esquecendo das coisas, das pessoas, fui me desligando. Engraçado isso. Engraçado porque sinto assim até hoje, embora me sinta bem conectada agora. Não lembro de algumas datas, alguns nomes, alguns rostos, algumas situações. Tudo foi apagado. Interessante isso. Deve ser por conta das inúmeras vezes que afirmei que só me lembraria do que fosse importante.
A frase era a seguinte, de Lourenço Prado: “Não há perda na Mente Divina; portanto, recordo-me de tudo o que devo lembrar-me e esqueço-me de tudo o que não é para benefício meu.”
Funcionou! ;)

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